Secretaria Municipal da Saúde orienta para prevenção e controle da aranha marromSecretaria Municipal da Saúde orienta para prevenção e controle da aranha marrom
Publicado em 31/12/2019, Por Assessoria de Imprensa
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, orienta a população sobre a prevenção e controle da aranha marrom em função dos recentes acidentes com este animal. Crianças e adultos podem ser vítimas de picadas e devem ser encaminhadas para atendimento médico.
A espécie Loxosceles - Conhecidas popularmente como aranhas-marrons, constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de parede, sempre ao abrigo da luz direta. Podem atingir 1 cm de corpo e até 3 cm de envergadura de pernas. Não são aranhas agressivas, elas picam apenas quando comprimidas contra o corpo. No interior de domicílios, ao se refugiar em vestimentas, acabam provocando acidentes. Várias são as espécies descritas para o Brasil. As principais causadoras de acidentes são: L. intermedia, L. laeta.
Como prevenir acidentes
- Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das casas;
- Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada;
- Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas;
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo;
- Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres;
- Usar calçados e luvas de raspas de couro pode evitar acidentes;
- Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos desses animais têm hábitos noturnos;
- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas e telas nas janelas;
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
- Combater a proliferação de insetos para evitar o aparecimento das aranhas que deles se alimentam;
- Afastar as camas e berços das paredes. Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Inspecionar sapatos e tênis antes de calçá-los;
- Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, quatis, entre outros (na zona rural).
Sintomas:
A picada é pouco dolorosa é uma lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após, podendo evoluir para ferida com necrose de difícil cicatrização. Em casos raros, pode ocorrer o escurecimento da urina.
O que fazer em caso de acidente
- Lavar o local da picada;
- Usar compressas mornas, pois ajudam no alívio da dor;
- Elevar o local da mordida;
- Procurar o serviço médico mais próximo;
- Quando possível, levar o animal junto para identificação no atendimento médico.
Atenção ao que não deve-se fazer após acidente
- Não fazer torniquete ou garrote;
- Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
- Não aplicar folhas, pó de café ou terra para não provocar infecções;
- Não ingerir bebida alcoólica, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país.
Diagnóstico e tratamento de acidentes:
O diagnóstico é realizado com base na identificação do animal causador do acidente. Em alguns casos, há recomendação de exame complementar. O tratamento é sintomático e com soro antivenenoso, de acordo com cada espécie e com cada situação.
ALERTA PARA O VERÃO: Acidentes com os animais peçonhentos são mais comuns nos meses de verão, devido ao calor, umidade e período de reprodução. Manter a higiene e limpeza também é fundamental, uma vez que lixo e entulhos podem servir de abrigo para muitos destes animais, além de funcionarem como chamariz para alimentação. Moradores de área rural e trabalhadores da agricultura não podem deixar de usar luvas e botas ao entrar em matas ou plantações.
Em caso de acidente ligue 0800.721.3000 – Centro de informação toxicológica do Rio Grande do Sul ( CIT ) – Plantão 24 horas a ligação é gratuita.
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